ACONTECE | Enxaqueca: a farmácia na prevenção e tratamento da dor

ACONTECE | Enxaqueca: a farmácia na prevenção e tratamento da dor

Na rotina diária a dor de cabeça, também chamada de cefaleia, surge nas mais variadas situações: em momentos de estresse, jejum, falta de sono ou até em função de mudanças bruscas do clima. Normalmente é uma situação momentânea, rapidamente resolvida com um analgésico leve, boa alimentação e algumas horas de descanso.

Quando esses episódios de dor se tornam mais frequentes e intensos, pode estar se desenvolvendo um quadro de Enxaqueca, que de acordo com dados recentes divulgados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) acomete cerca de 15% da população mundial e cerca de 30 milhões de pessoas no Brasil. A OMS também a classifica como a segunda condição patológica comum com maior potencial incapacitante, interferindo diretamente na produtividade e no desenvolvimento de rotinas diárias simples.

A enxaqueca geralmente apresenta uma dor unilateral persistente, latejante, que gera intolerância e grande incômodo com luz e barulho. Quando esses episódios de dor passam a ocorrer em 5 ou mais dias por mês, por pelo menos 3 meses consecutivos, um médico especialista deve ser consultado, evitando assim a possibilidade de que o quadro possa evoluir para Enxaqueca Crônica, que apresenta crises de dor muito intensa por longos períodos.

A partir de números divulgados pelo Ministério da Saúde, sabemos que a enxaqueca afeta cerca de 20% das mulheres e de 5 a 10% dos homens, tendo ambos predominantemente entre 25 e 45 anos. Números tão significativos chamaram a atenção da indústria, que atenta às novas demandas do consumidor e ao crescimento do mercado desenvolve produtos voltados ao alívio da dor, tratamento e prevenção.

Na farmácia, responsável pelo contato direto com o consumidor, variedade de produtos, informação de qualidade e educação quanto a consumo responsável são, mais do que nunca, fundamentais para ações de sucesso e fidelização dos clientes.

MIPs mais vendidos, em novas versões

Os analgésicos figuram nos primeiros lugares nas listas de MIPs (Medicamentos Isentos de Prescrição) mais vendidos em 2023, de acordo com pesquisa do Close-up Internacional. A indústria, partindo de uma leitura atenta das necessidades de mercado, investe pesado em pesquisas e tecnologia, apresentando assim novos produtos ou versões atualizadas de produtos já existentes. Produtos desenvolvidos especificamente para enxaqueca e dores de cabeça mais intensas surgem no mercado com maior quantidade de analgésico, e são uma opção para alívio mais rápido, ressaltando sempre a importância da farmácia como agente de informação para o uso responsável.

O Dr. Andrés Zapata, médico farmacologista e líder médico da Haleon, ressalta que “o Ibuprofeno é um analgésico que vem sendo aliado de muitos indivíduos no alívio das dores de leve e moderada intensidade. O formato de cápsulas moles do nosso produto pode ter ação muito rápida, a partir de 10 minutos, podendo variar de uma pessoa para outra por diferentes motivos”.

Além da enxaqueca a cefaleia tensional, que é considerada pela área médica o tipo mais comum de dor de cabeça e pode ser causada por tensão dos músculos do pescoço e estresse, também é objeto de inúmeras pesquisas que visam desenvolver e melhorar os medicamentos relacionados ao tema.

Sempre em busca de inovação, a Aché também investe em novas soluções. “Em 2022 inauguramos o Innovatech Lab, um laboratório dedicado à pesquisa e desenvolvimento de novas plataformas tecnológicas que permitirão a Aché criar produtos inovadores no Brasil e no mundo, contando com a parceria de centros de pesquisa e universidades”.

Uma breve conversa com a indústria

Conversamos com Marília Zanoli, CMO Consumer Healthcare na Sanofi, sobre produtos, mercado e a relação entre indústria e farmácia na categoria de MIPs para dor.

Para a Sanofi, quais os principais avanços e desafios do mercado de analgésicos no Brasil?

Estamos incansavelmente avançando em soluções para os nossos consumidores, ainda mais em analgésicos, temos grandes marcas nesse pilar. Nosso foco está em abordar as questões de saúde mais comuns que afetam boa parte da população, não somente em analgésicos, mas em todas as frentes do nosso negócio, do nosso portfólio. Como indústria farmacêutica queremos estar disponíveis para o consumidor na hora e no local em que ele estiver, garantindo o acesso. Do pilar de analgésicos, estamos falando de uma de nossas marcas que têm uma base sólida e muito pautada em credenciais de segurança, credibilidade e cuidado. Vale ressaltar que cada uma das nossas marcas possui suas particularidades, mas todas elas compartilham da nossa missão, que é “a saúde em suas mãos”. E, de mãos dadas com a gente, nessa cadeia, nesses desafios, estão os médicos, as redes de farmácia e o farmacêutico, entre outros. 

Quais expectativas da Sanofi quanto a lançamentos na categoria de dor de cabeça e crescimento desse mercado?

Como Sanofi, falando da nossa unidade de consumo, temos a responsabilidade, tendo marcas referência do mercado, de continuar trazendo novas associações e fornecendo sempre o melhor para os consumidores no que compete a dor. E isso, inclusive, representa uma alavanca importante de crescimento para os próximos anos da categoria em si. Lançamos recentemente um novo produto, com fórmula exclusiva com duas vezes mais analgésico e relaxante muscular em um só comprimido. Mais uma vez uma solução baseada em ciência, para essa novidade foram necessários mais de 5 anos de pesquisa da nossa área de Scientific Affairs, o que reforça o comprometimento com a saúde e com as necessidades do consumidor, presente no centro de todas as decisões. Esse resultado vem de um esforço de muitas áreas envolvidas no propósito de garantir uma rotina sem dor para nosso público, reforçando a potência da marca, 100% brasileira.

Considerando que a farmácia é quem estabelece o elo com o consumidor final, qual a importância do seu desempenho na cadeia de produção e consumo?

As farmácias têm um papel essencial e multifacetado em toda a cadeia, como o elo direto com o consumidor final no sistema de saúde, garantindo o acesso aos medicamentos em suas diferentes plataformas. E nós, da indústria, temos um papel fundamental para garantir que os pacientes não só tenham acesso aos medicamentos de que necessitam, mas também recebam orientação e apoio para o seu uso adequado. Além disso, estamos pautados na garantia da segurança dos nossos medicamentos e também em orientar os farmacêuticos, essas são preocupações fundamentais no nosso negócio. Uma das nossas áreas chave é a Qualidade e o Controle de Fabricação, a qualidade do medicamento, incluindo sua formulação, pureza e estabilidade, o que é essencial para garantir sua eficácia e segurança, nos altos padrões. Nossa estratégia é sólida, com foco no pilar educacional, onde levamos informações de ponta para os consumidores, bem como conteúdo científico para os médicos e farmacêuticos. Dessa forma, conseguimos garantir que as nossas mensagens sejam entregues de maneira mais interessante e inovadora.