Aposte na variedade de produtos e potencialize os seus resultados
Diversificar o mix da farmácia com frequência empodera o consumidor e amplia os lucros
Como e com qual frequência preciso diversificar o mix da minha farmácia? Com certeza, você já deve ter feito essa pergunta. Mas, para começar, é essencial entender o porquê é importante ter essa variação.
Silvia Osso, palestrante, consultora de empresas e especialista em desenvolvimento de pessoas e varejo, explica que existem dois motivos:
1 - Manter-se no mercado
Segundo a especialista, nos dias de hoje em que o mercado e a economia andam mais dinâmicos, ter uma boa diversidade de mercadorias é uma questão de sobrevivência. O cliente podendo optar por este ou aquele produto ou por determinada marca o faz sentir mais empoderado.
“Já tem um tempo que as farmácias estavam restritas somente a venda de medicamentos e poucos itens de perfumaria e, nessa época, o consumidor só podia adquirir o que tinha disponível no momento. Atualmente, já é possível comprar uma variedade maior tanto de remédios quanto do segmento de HB, com muitas alternativas de marcas e preços, além de contar com outros serviços complementares tais como atenção farmacêutica, aferição de pressão e glicemia entre outros. Outro setor de destaque é o de conveniência, oferecendo mais uma opção de aquisição na fila dos caixas. Assim, conclui-se que a experiência do cliente está ficando cada vez mais rica devido ao mix”, ressalta Silvia.
2 - Redução de prejuízos
Um bom mix não é algo benéfico somente para o público do PDV, mas também para o negócio como um todo, afinal ele pode assumir um papel importante na compensação de possíveis prejuízos.
De acordo com Silvia, muitas mercadorias têm uma margem de lucro reduzida e outras não são capazes de gerar resultados o quanto se deseja, fatores que precisam ser compensados. Portanto, ao ter um mix diversificado, o ganho de alguns itens pode compensar o déficit de outros. Além disso, há chances de aumentar o ticket médio das vendas e conquistar mais a clientela.
“Soma-se ainda a essa questão o fato de que quanto maior a variabilidade de produtos, mais tranquilidade a empresa possui para testar novas linhas, proporcionando um ambiente mais favorável a tentativa e erro, ou seja, é válido fazer esse teste com mais calma e menos risco”.
Como diversificar o mix da minha farmácia?
Silvia explica que todas as categorias devem ser contempladas, assim como os seus subgrupos, pois quando há mais diversificação, amplia-se a possibilidade de expansão do mercado de atuação.
O critério do número de SKUs precisa seguir o plano de negócios de cada estabelecimento. Porém, a especialista dá algumas dicas:
- • Considerar a variedade e presença dos laboratórios mais renomados dos medicamentos de referência e genéricos (MIPs e controlados);
- • Acessórios e produtos descartáveis para o público adulto, itens ortopédicos e o setor de boa forma não podem ficar de fora da estratégia;
- • Em cada subgrupo de HB, sempre garantir, no mínimo, 4 fornecedores, dos mais nobres e caros até os mais simples e acessíveis.
“Não há segmento que deve ter maior ou menor variabilidade. Às vezes, a sazonalidade determina o aumento da extensão de alguns subgrupos como, por exemplo, os protetores solares no verão. Tudo dependerá da visão da empresa e da diversificação que se quer atingir”.
Com relação à frequência, a consultora afirma que todas as mercadorias necessitam ser avaliadas mensalmente e aquelas que não possuem giro no período de 90 dias precisam ser analisadas para serem excluídas do mix dando espaço para a introdução de lançamentos.
“Vale lembrar que, pelo menos uma vez por ano, todo o cadastro deve ser reavaliado para verificar o que manter no mix de acordo com a visão da loja”, finaliza a Silvia.
Revista Panpharma