as 10 + | Black Friday: mesmo com a crise econômica, consumidores pretendem comprar
O movimento da Black Friday no Brasil começou de forma tímida em 2010, inicialmente com foco nas vendas pela internet, mas nos últimos anos começou a ser algo também trabalhado de forma forte no varejo físico.
Apesar de ser alvo de memes, com a ideia de que na data “você compra tudo pela metade do dobro” o fato é que a data gera muitos negócios na ocasião da sua data de realização, com situações onde para alguns varejos todo o mês de novembro fica atrelado ao movimento da Black Friday, e tem mostrado bons resultados ano a ano, consequentemente, as farmácias não podem ficar de fora.
O número de pessoas que pretendem comprar algo na data será 29% maior do que no ano passado, como mostra uma pesquisa da Offerwise encomendada pelo Facebook. A preferência pelas compras digitais ainda predomina, mas 80% dos respondentes consideram comprar online e retirar no ponto de venda (PDV).
O mestre e professor na área de marketing, palestrante de cursos do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sincofarma-SP) e consultor do mercado farmacêutico, Messias Cavalcante, diz que o movimento da Black Friday tem por grande chamariz a compra de itens considerados presentes, ou de grande interesse, logo para aproveitar a ocasião, é preciso criar um incremento de venda. “É preciso focar em itens que tenham essa característica, e nesse sentido podemos citar: maquiagem, perfumaria, itens para crianças, bebês, cuidados masculinos.”
Para oferecer ofertas reais e não enganosas, é preciso identificar na loja um mix de produtos com características de presente, na sequência, verificar como está o fluxo de venda, e se existe algum risco de perder esses produtos por validade. “A ideia é aproveitar a ocasião para de fato acelerar a venda de produtos com características de presente e com uma demanda que pode levá-los aos famosos cestões de produtos próximos da validade. Mas atenção, não se pode fazer oferta em produtos com apenas seis meses de validade, mas de itens que se deseja acelerar a demanda para evitar problemas futuros. Além disso, o consumidor precisa perceber o ganho de forma clara, por exemplo, ‘leve 3 pague 2’, apesar de ser algo comum, tem grande atratividade se os itens forem bem escolhidos”, pontua Cavalcante.
Uma boa estratégia para dar conforto e segurança aos consumidores, de forma que eles sintam que as promoções foram pensadas de fato neles, é fazer um bom trabalho de divulgação com base em comparativos reais de preços, não só dos descontos que estão sendo oferecidos, mas também um comparativo de quanto o produto custa, e quanto está sendo oferecido na sua Black Friday. “Dessa forma o cliente tem maior segurança em perceber que o seu preço está competitivo”.
Segundo o especialista, não é uma boa estratégia focar a data para acelerar a venda de medicamentos, afinal, toda a venda de medicamentos feita com base em ofertas de Black Friday na verdade só estão antecipando uma demanda, ou seja, não é venda a mais e sim uma antecipação.
Dez dicas para vender mais na Black Friday
1) Acerte no mix, as pessoas têm na Black Friday a oportunidade de comprar itens de desejo ou presentes antecipados para o fim de ano.
2) Aposte na divulgação, o trabalho de criar interesse na Black Friday, deve ser um dos pontos fortes para o sucesso da ação.
3) Inove nos canais e formatos de divulgação. As mídias sociais fazem parte da rotina de todos, porém, para se diferenciar na Black Friday não dá mais para apostar numa foto com legenda de “Oferta”, seja criativo e crie vídeos que atraiam os clientes pelos itens que você terá na sua Black Friday.
4) Oferte itens de volume, que possam contribuir para um tíquete médio qualificado e redução de estoques.
5) Capriche na decoração que a data é importante para o varejo.
6) Trabalhe bem a exposição dentro da loja par dar destaque aos produtos e ofertas na ocasião.
7) A Black Friday acontece na última sexta de novembro, mas o ideal é divulgar suas ações desde o começo do mês.
8) Gere expectativa e crie no cliente a curiosidade para saber quais serão as ofertas que irão fazer a diferença nesta data.
9) Pense em estratégias de engajamento digital, que tragam o shopper para a loja física, como cupons de desconto.
10) Encante o cliente enquanto ele estiver na loja.
Fonte: mestre e professor na área de marketing, palestrante de cursos do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sincofarma-SP) e consultor do mercado farmacêutico, Messias Cavalcante