em foco | Contracepção para todos!
A contracepção precisa ser pensada como um sinônimo de saúde, já que no Brasil, ainda existem altos índices de gravidez não planejada e esta realidade está diretamente ligada ao conhecimento e acesso aos métodos contraceptivos.
A conscientização sobre a escolha da opção mais adequada para cada pessoa pode ajudar no planejamento familiar de forma mais eficaz e isso tem tudo a ver com promoção de saúde. É importante ressaltar que a contracepção deve começar assim que se tem início a vida sexual, de homens e mulheres.
De acordo com o diretor médico Brasil & América Latina, da Bayer, Dr. Eli Lakryc, a escolha do método contraceptivo mais adequado precisa ser tomada entre o profissional de saúde e a paciente. Segundo ele, é preciso levar em consideração a idade, a realidade, a rotina e o planejamento familiar.
“Números das Nações Unidas mostram que, no Brasil, cerca de 79% das mulheres usam algum tipo de método contraceptivo. Contudo, dados de uma pesquisa da Bayer, em parceria com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e realizada pelo IPEC, revelam que cerca de 62% das mulheres já tiveram pelo menos uma gravidez não planejada no Brasil, sendo que parte deste número está relacionada com dificuldades no uso de contraceptivos. Entre os problemas que comprometem a adesão satisfatória de contraceptivos, de acordo com o estudo, estão: não fazer uso de método (34%); falha do método (27%); e uso de maneira errada (20%). Com isso, é possível entender que existe uma deficiência não apenas de adesão à contracepção, mas também há uma carência de acesso às informações de qualidade sobre contracepção no Brasil atualmente.”
Métodos contraceptivos disponíveis
Existem muitos métodos contraceptivos disponíveis no mercado atualmente, como: pílulas de progesterona ou combinadas (estrogênio e progesterona), Dispositivo Intrauterino (DIU) com e sem hormônio, adesivos, anéis vaginais, injetáveis (progesterona ou estrogênio), os preservativos, entre outros.
A médica ginecologista e obstetra especialista em Ginecologia Endócrina e Climatério e consultora da Libbs, Dra. Carolina de Souza Alves dos Santos, pontua que um estudo nacional de 2021 mostrou que mais de 80% das mulheres relataram utilizar algum método contraceptivo, sendo o contraceptivo oral o mais utilizado (34,2%), seguido dos cirúrgicos (25,9%) e das camisinhas (14,5%).
“As farmácias precisam investir em informação de qualidade. Este é um tema que precisa de atenção, já que ainda é encarado como tabu. Os números que vimos mostram o quanto isso impacta a vida e o dia a dia das pessoas, e que o acesso à informação confiável teria influência direta no cotidiano e nas decisões delas. Da mesma maneira, falar de contracepção também é falar de planejamento familiar, uma conversa que está intrinsecamente ligada com a liberdade de fazer as escolhas que queremos para as nossas vidas”, destaca o Dr. Lakryc, da Bayer.
No que diz respeito à pílula do dia seguinte, a Dra. Carolina enfatiza que é importante que os farmacêuticos expliquem sempre às usuárias, que se trata de um contraceptivo de emergência e não deve ser usado como uma opção de rotina. A mulher deve usar este método o mais precocemente possível quando tiver uma relação desprotegida. “A tomada não deve ultrapassar o período de 72 horas. Também é importante lembrar que quanto mais tardia a tomada, menor a eficácia do contraceptivo.”
Preservativos: como devem ser expostos na farmácia
Os preservativos são importantes métodos contraceptivos de barreira e também servem para prevenir as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). A exposição desta categoria é muito importante para chamar a atenção do shopper e garantir uma jornada de compra mais efetiva e prazerosa, já é essencial visto que preservativos ainda é uma categoria tabu para muitos shoppers, resultando atualmente em uma média de tempo para tomada de decisão de apenas 20 segundos.
Por isso, estes produtos devem estar alinhados de acordo com as suas respectivas marcas, uma vez que os consumidores se baseiam na confiança e no conhecimento de marca como fator inicial de decisão. Também é importante que os preservativos estejam separados pelos segmentos – linha básica, diversão, performance, premium – e benefícios que cada SKU possui – efeito prolongado, mais fino, mais largo, entre outros, assim, são mais fáceis de serem encontrados e rápidos de serem comparados. Também é importante que estejam alinhados com produtos complementares como lubrificantes íntimos e acessórios, dessa maneira, também conseguem favorecer a compra dos itens. Pontos extras, em especial o checkout, fazem toda a diferença na conversão da venda.
Fonte: gerente sênior de marketing da Reckitt Health & Nutrition Comercial, André Mendes
Ações de conscientização
A conscientização sobre métodos contraceptivos que podem ajudar no planejamento familiar de forma mais eficaz ainda é uma questão na vida reprodutiva de muitos brasileiros. Por isso, as farmácias podem desenvolver campanhas que tragam informação de qualidade à população, com peças, cartazes, publicações e mensagens no WhatsApp, com os temas:
• Tipos de métodos contraceptivos;
• Tipos de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs);
• Lembretes de término da pílula;
• Tipos de preservativos.
Benefícios da pílula
Um estudo de 2021 mostrou que quase 80% das mulheres brasileiras entre 18 e 49 anos de idade usam algum método contraceptivo, sendo que a grande maioria prefere as pílulas (média de 30%).
De forma geral, os contraceptivos podem melhorar sintomas da Tensão Pré-Menstrual (TPM), da cólica, e diminuem o volume de sangramento.
Outros benefícios podem ser obtidos de acordo com o tipo de hormônio contidos nas pílulas, como melhora da pele, diminuição da oleosidade e outros.
Fonte: médica ginecologista e obstetra especialista em Ginecologia Endócrina e Climatério e consultora da Libbs, Dra. Carolina de Souza Alves dos Santos