Espaço da farmácia
A primeira impressão é a que fica
A fachada e a vitrine têm a função de atrair o público. Veja como trabalhar as duas áreas do seu PDV
Constantemente abordamos aqui na Revista Panpharma diversas estratégias para os espaços internos do canal farma. Porém, trabalhar de forma correta as áreas externas da loja, como a fachada e a vitrine, é extremamente importante para obter um bom resultado. Ambas têm o poder de atrair o público, logo devem contar com uma comunicação objetiva para não gerar confusão na mente dos consumidores.
Fachada: extensão da sua farmácia
Segundo Cristiano Samara, gerente de projetos da Mind Shopper, como atualmente existe uma quantidade enorme de farmácias espalhadas por toda a cidade e, às vezes, em um único cruzamento chega a ter duas a três lojas, a fachada que melhor se comunicar com o seu cliente irá oferecer a maior capacidade de atração.
Além disso, o gerente comenta que uma parte relevante das vendas do varejo farmacêutico ocorre por lembrança. “Portanto, ela também possui essa função, fazendo com que as pessoas que passam em frente do PDV decidam entrar para comprar algum item que estejam necessitando”, complementa.
Confira algumas dicas dadas por Cristiano para ter uma fachada atraente:
A primeira impressão é a que fica
Trabalhe de forma clara e direta. Deixe nítido para o público que o seu estabelecimento é uma farmácia e não qualquer outro canal, buscando usar cores e simbologias que remetam ao segmento.
Mostre o seu posicionamento
Essa área deve contemplar qual tipo de comércio o cliente encontrará ao entrar. Há casos de lojas que se mostram de maneira “premium” na parte externa, entretanto seu interior é completamente o oposto, com comunicações que não possuem conexão. “Além de gerar a atração, a fachada precisa funcionar como um teaser do que o shopper irá achar dentro do PDV”, alerta o gerente.
Fique de olho na legislação vigente
É fundamental procurar a prefeitura da cidade para saber quais são as limitações impostas e os formatos mais indicados. Outra questão é se informar com antecedência antes de iniciar a produção de qualquer material ou reforma e, se possível, aprovar o projeto com os órgãos competentes para prevenir irregularidades.
A porta da loja também faz parte da fachada
Mantenha a entrada sem obstruções e com uma boa visibilidade para as seções e principais pontos do varejo. Inclua os itens de menor planejamento (estimular lembrança), produtos sazonais e algumas campanhas e promoções. Para farmácias localizadas em regiões com muito movimento, vale colocar segmentos de alto fluxo como cabelos e coloração ou ofertas mais agressivas exatamente para aumentar o interesse dos consumidores.
“Porém, não é indicado que tal ação seja feita com frequência ou com muitas categorias para evitar que o público perca a referência do valor da promoção e, ainda, para que não ocorra aglomerações na porta que podem acabar inibindo outros clientes”, ensina.
Vitrine atrativa
De acordo com o gerente, a vitrine é capaz de ser usada de forma institucional, divulgando a própria marca, ou para expor produtos, campanhas e promoções. Nesse espaço não há certo ou errado, o ideal é determinar qual estratégia é a mais relevante para o negócio.
“Esse local deve instigar a curiosidade e chamar as pessoas para dentro da loja. Assim, é necessário passar uma única mensagem da maneira mais clara possível, sem muitas informações com o intuito de não confundir ou gerar preguiça no shopper, fazendo com que ele tenha que entender o que está acontecendo”, aponta.
Exposição, frequência de troca dos produtos e tipos de mobiliários
Pensando nos produtos, Cristiano sugere a mesma tática das fachadas: aposte nas categorias de menor planejamento para provocar a lembrança no público e, também, invista nas inovações e lançamentos para estimular a curiosidade do consumidor e fazer com que procure o artigo no interior do estabelecimento. O mesmo pode ser realizado com as ofertas. O essencial é não poluir a área com muitos itens e mensagens para não causar confusão na mente do cliente, além de não atraí-lo.
Já com relação à troca do mix, irá depender do objetivo que está sendo utilizado. Se for institucional não há um tempo definido. Agora, se as mercadorias forem sazonais, é preciso estar atento às datas para substituição.
Quando o assunto são os mobiliários, o gerente de projetos da Mind Shopper conta que não existe um específico. As vitrines de maior impacto costumam ter móveis personalizados, o que não significa que sejam avançados ou caros.
“É possível fazer uma adesivação/envelopamento do fundo, utilizar mobílias e materiais não tradicionais para uma farmácia como pequenas mesas, cadeiras, caixas, espuma, guarda-sol, cartolina, por exemplo, e principalmente, muita criatividade e bom senso”, conclui Cristiano.