Espaço da farmácia | Sazonalidade de Inverno

Espaço da farmácia | Sazonalidade de Inverno

Os dias mais quentes do ano, aos poucos, vão sendo substituídos pelos dias mais frios, fato que faz com que o consumidor passe por alguns comportamentos específicos, mude seus hábitos e, consequentemente, altere sua cesta de compras. Assim, é importante que a loja se prepare para o período. 
Algumas alterações características da temporada são observadas, como maior ressecamento da pele e dos cabelos por exposição a banhos mais quentes e demorados e também pela baixa umidade relativa do ar, que deixa o clima mais seco, o que ocasiona as alergias respiratórias, gripes e resfriados. 
A sócia diretora da Mind Shopper, Alessandra Lima, diz que a temporada de inverno pede que o sortimento seja revisto. “Para se preparar para a nova estação, o histórico de vendas no mesmo período do ano anterior deve ser analisado, com antecedência, para que se possa iniciar a revisão do mix de 2022. É preciso identificar quais as categorias que tiveram maior giro, quais as que não atingiram bom desempenho e a partir daí, definir qual será o sortimento a ser trabalhado e quais as quantidades de compras que devem ser feitas para abastecimento do estoque.” 
Além disso, é fundamental conhecer os lançamentos da nova temporada, o que estará em alta, quais são as grandes apostas e que tipos de materiais promocionais estão sendo contemplados. 


Como organizar 
a loja para o inverno

Para que a farmácia aproveite a sazonalidade, é necessário que o estabelecimento esteja preparado para receber seus clientes com o mix correto e organizado. Alessandra explica que revisar o planograma dentro do projeto de Gerenciamento por Categorias (GC) da loja faz toda a diferença para produtos sazonais. Segundo ela, deixar os produtos em gôndolas bem localizadas e na altura dos olhos contribui muito para o crescimento das vendas. “Algumas das ações que podem ser feitas é trabalhar as pontas de gôndolas, criar promoções exclusivas e customizadas, explorar pontos extras e garantir a experimentação das texturas dos hidratantes, por exemplo, por meio de testadores e amostras que facilitem o consumidor a encontrar o melhor produto”, comenta.
Vale apostar em materiais de ponto de venda (MPDVs), ilhas e totens para o checkout. Entre julho e setembro (até final do inverno/início da primavera), nos meses mais frios do ano, há um crescimento médio de 30% no volume de vendas das categorias de inverno.

Como trabalhar 
os itens no PDV

Os itens, sejam eles de perfumaria ou medicamentos, devem ser expostos em seus pontos naturais e durante a sazonalidade, podem ser alocados, estrategicamente, em pontos extras dentro da loja, de forma captar uma compra por impulso ou a lembrar o shopper de uma compra que não estava planejada. 
É importante trabalhar lugares como as pontas de gôndolas ou ilhas específicas, sobretudo para destacar lançamentos 
e/ou pack promocional típico da estação.
De acordo com o Aché Laboratórios, durante a temporada, uma categoria de muita relevância é a de hidratantes, principalmente para o corpo, produtos para a pele sensível (por conta do ressecamento causado pelo frio), clareadores (pós-verão) e anti-idades (por ser o melhor período para realização de procedimentos estéticos).
“Para dar mais visibilidade a esses setores, é fundamental mantê-los sinalizados, com exposições extras e treinar os funcionários para que possam indicar os diferentes tipos de artigos. No caso dos dermocosméticos, a melhor forma de expor é blocando por marca ou móveis de parede com testeiras das indústrias”, recomenda a empresa.
Para o inverno, a TheraSKin também destaca a importância dos hidratantes dermocosméticos, principalmente as versões faciais que, apesar de serem utilizadas o ano todo como parte da rotina de skin care, apresentam seu uso acentuado na temporada, incluindo as apresentações para diferentes necessidades: peles oleosa, sensíveis, secas e até extremamente secas. 
No que diz respeito aos medicamentos do autosserviço, o Aché recomenda que eles devem ser organizados por categorias: analgésicos (Dor e Febre) ao lado de Gripes e Resfriados que, por sua vez, deve abranger as subcategorias de Nariz Entupido (descongestionantes), antigripais, irritação, alergia e tosse. Todas essas classes terapêuticas precisam estar próximas para facilitar a navegação do 
shopper. Vale também explorar áreas de grande fluxo dos consumidores para reforço dos artigos de sazonalidade, tais como o caixa, balcão e pontas de gôndola para garantir exposição extra, oferecendo mais de um ponto de contato na loja.

Itens mais procurados durante o inverno

Ao olhar para a farmácia como um todo, é possível listar os itens a seguir, como os que merecem atenção especial no inverno:

• Lenços descartáveis
• Álcool em gel
• Hidratantes
• Coloração para cabelos com as cores de maior demanda da estação
• Esmaltes
• Soro fisiológico
• Termômetros e oxímetros
• Óleos hidratantes para o corpo
• Hidratantes para o rosto
• Protetores labiais
• Inaladores, nebulizadores e umidificadores de ar
• Máscaras de tratamento para cabelos
• Analgésicos, antitérmicos, antigripais, xaropes e pastilhas
• Vitaminas
• Higienizadores nasais
Fonte: sócia diretora da Mind Shopper, Alessandra Lima


Oportunidades em oxímetros, termômetros e inaladores

Com a pandemia, oxímetros aumentaram muito as vendas, essa é uma oportunidade que as farmácias têm de anunciar aos clientes do ponto de venda (PDV) que trabalha com os itens. Termômetros também são muito importantes. “Toda vez que você vender um antitérmico, por exemplo, é possível oferecer um termômetro. No que diz respeito aos inaladores, é muito importante deixar pelo menos um item em funcionamento na loja e criar uma seção ou uma ponta de gôndola nesta época, onde você exponha todos os seus inaladores ou os inaladores que você tenha a melhor precificação, para mostrar ao cliente que você tem um excelente preço e um excelente produto, além de mostrar os benefícios e diferenciais. Com eles, abre-se mais uma oportunidade de vendas para os flaconetes de solução fisiológica e também do álcool 70% para a higienização do aparelho”, ensina a diretora executiva da Germinar Consultoria, Carla Bovo.