espaço da farmácia | Suplementos e vitaminas

Vitaminas e minerais são necessários para o funcionamento normal do organismo. Eles garantem as reações, funções celulares e teciduais, metabolismo, crescimento e desenvolvimento. Promovem e ajudam a manter a imunidade, a energia, a saúde visual, as funções cognitivas e os ossos saudáveis.

Segundo informa o gerente da Área Médica da GSK, Andres Zapata, a suplementação ajuda a alcançar níveis de ingestão de vitaminas e minerais que sejam compatíveis com os recomendados, de modo que as funções biológicas necessárias para manter a saúde sejam preservadas. “Além disso, ajuda no tratamento e prevenção de inadequações de micronutrientes que ocorrem em indivíduos com doenças crônicas preexistentes.”

De acordo com a CEO da Connect Shopper e especialista em shopper marketing, Fátima Merlin, a categoria de suplementos e vitaminas cresce substancialmente com muitas oportunidades. “Para maximizar os resultados, o segredo é ter clareza na proposta de valor que você, varejista, quer e pode entregar (olhar o mercado, a concorrência, a estratégia, conhecer o público, as necessidades e as demandas).”

A especialista diz que boa exposição, mix e atendimento são as premissas básicas. Segundo ela, as palavras de ordem são acessibilidade, visibilidade e disponibilidade. “Em termos de visibilidade, por exemplo, é preciso pensar nas diferentes categorias como unidades distintas de negócio, ou seja, considerar como o shopper segmenta e compra cada uma delas. Portanto, cada categoria deve ser separada na hora da organização.”

Fátima recomenda que as vitaminas e os polivitamínicos, que fazem parte da categoria de Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs), sejam expostos em local com boa visibilidade. “É preciso pensar, cada vez mais, em soluções e momentos de uso/consumo, criando por exemplo mundos como: ‘Bem-Estar e Saúde Geral’, ‘Gestantes’, ‘Sênior, ‘Atletas’, etc., considerando, inclusive, a árvore de decisão”, orienta.

Outro passo importante somado à organização das gôndolas é alcançar o sortimento ideal para o público-alvo da loja. Portanto, por meio de pesquisas, deve-se identificar o que é mais consumido. Entre o que se vende em farmácia, sem dúvidas, os polivitamínicos são de grande relevância, mas não se pode relaxar na escolha dos demais itens dos subgrupos. 

Ela ressalta ainda que disseminar conhecimento é fundamental, porque o que é bem-visto fica na mente do cliente e faz total diferença no processo de compra. Dessa forma, a atenção do consumidor deve ser atraída já no momento em que ele entra na farmácia. Antes de comprar, o cliente precisa saber o que são vitaminas e quais são os benefícios ao corpo humano. Assim, deve-se mantê-lo informado e utilizar os materiais de ponto de venda (MPDVs) a favor da loja.

A especialista destaca que o Gerenciamento por Categorias (GC) é uma ferramenta super relevante e atual. Ele faz com que se trabalhe de maneira efetiva, integrando todos os Ps (Preço, Praça, Produto e Promoção) e tendo o shopper no centro das decisões; além de permitir oferecer o mix ideal bem posicionado, com preços adequados e clareza na proposta de valor das marcas e itens.

Em termos de promoções, Fátima lembra a efetividade de se investir em ações LMPM (Leve Mais, Pague Menos), que causam maior impacto. Além disso, destacar marcas de maior valor agregado ou itens de maior gramatura. “Outra ação é oferecer desconto na segunda unidade”.

A estratégia de exposição, comunicação e organização das gôndolas são oportunidades para alavancar a categoria e precisam ser aprimoradas no ponto de venda (PDV).

A gerente de Shopper e Gerenciamento de Categoria, da GSK, Lais Borges, recomenda que em uma abordagem horizontal, a exposição deve ser, primeiramente, dos produtos de regulação hormonal, complementação nutricional, efeito oxidante, saúde dos olhos e suplementação diária. 

Logo após, energia e disposição. Posteriormente, saúde da pele, unhas e cabelo, e imunidade. Por fim, a ordem deve seguir: saúde dos ossos, articulações e músculos; mente e coração; saúde da mãe e bebê + desenvolvimento saudável da criança.
“É importante destacar que, para realizar a compra dessa categoria, a decisão dos consumidores segue a seguinte ordem: tipo de produto e finalidade; marca; usuário; embalagem (30, 60, 90+); preço; promoção, propaganda e, por fim, indicação do balconista.

De acordo com a head de novos negócios e atendimento da IQVIA Consumer Health, Camila Castro, a expectativa para 2022 é que o segmento de suplementos, vitaminais e minerais tenha uma acomodação da demanda versus o que vinha acontecendo em 2020 e 2021. Isso porque, o movimento de um foco maior em prevenção foi intensificado durante a pandemia e nesse contexto produtos como vitamina C, vitamina D e multivitamínicos tiveram um aumento muito significativo. 

No entanto, à medida que a vacinação evoluiu no Brasil e as restrições da pandemia começaram a ser flexibilizadas no segundo semestre de 2021, o consumidor passou a não mais aumentar o consumo desses produtos, o que trará essa acomodação da demanda versus o período da pandemia. “Por fim, a visão de longo prazo é que esse segmento siga em constante crescimento nos próximos anos, já que o movimento por prevenção é uma tendência que permanece no Brasil e no mundo.”