O seu PDV | Sono em dia
Deitar na cama e não conseguir dormir tem nome: insônia. O problema, de acordo com o Hospital Albert Einstein, é definido como qualquer dificuldade em iniciar ou manter o sono durante a noite. Alguns pacientes descrevem como a demora para iniciar o sono, outros acordam várias vezes durante a noite e ainda há os que despertam no meio da madrugada e não conseguem voltar a dormir.
“O brasileiro precisa melhorar sua qualidade de sono, visto que mais de 44% apresentam problemas para dormir há pelo menos dois anos.
A pandemia piorou o quadro de muitas pessoas – é o que afirmam seis em cada dez brasileiros”, revela o diretor comercial da Sanofi Consumer Healthcare, Silvio Silva.
Além disso, de acordo com um estudo encomendado pela área de Consumer Healthcare da Sanofi ao Instituto Ipsos, quando os respondentes foram questionados sobre classificar em uma escala de um a sete, em que sete significa “impactou muito” e um significa “não impactou nada”, o quanto a pandemia provocada pelo Covid-19 impactou a qualidade do seu sono, 40% da amostra responderam que foram afetados pela pandemia e somente 11% afirmou não ter sofrido nenhum impacto.
Existem diversas causas para a insônia. Em geral, elas são categorizadas em insônia aguda ou insônia crônica. A consultora especialista em varejo farmacêutico, Silvia Osso, fala sobre elas:
Insônia aguda
É a dificuldade para dormir que dura menos de três semanas e costuma estar associada a fatores de estresse, tais como:
• Mudanças súbitas no ambiente: barulhos, temperatura, tipo de colchão, luminosidade, presença de outras pessoas no quarto etc.;
• Aumento ou redução repentina no consumo de determinadas substâncias, como cafeína, nicotina, álcool e drogas ilícitas;
• Doenças agudas, principalmente aquelas que causam dor, desconforto ou impedem o paciente de dormir deitado;
• Estresses psicológicos: divórcio, perda do emprego, morte de um familiar, discussões, pressões profissionais etc.;
• Uso de certos medicamentos controlados;
• Suspensão, após longo uso, de medicamentos que agem no sistema nervoso central (SNC), como antidepressivos ou ansiolíticos.
Insônia crônica
A insônia crônica ocorre quando o paciente tem dificuldade para dormir em, pelo menos, três dias da semana por mais de quatro semanas seguidas.
• Má higiene do sono: um conjunto de ações ao longo do dia que favorecem o início do sono à noite. Por exemplo: consumir cafeína à noite, praticar atividades físicas logo antes de dormir, não dormir na mesma hora todo dia, tirar vários cochilos durante o dia etc.;
• Insônia psicofisiológica: também chamada de insônia primária, é aquela insônia que surge sem causa aparente;
• Doenças neurológicas: doenças degenerativas neurológicas, como a doença de Parkinson e o mal de Alzheimer podem também ser causas de insônia.
“Apesar de sofrer para dormir, a população brasileira não procura ajuda profissional na primeira oportunidade. A maioria dos respondentes procura na internet e/ou fala com pessoas próximas quando têm insônia e somente 34% deles conversaram com um médico. Entre os que procuraram ajuda especializada, mais de 50% a buscaram para entender melhor o que poderia estar causando o problema. Quando questionados qual a primeira atitude que tiveram ao começar a enfrentar problemas com o sono, 52% afirmou procurar ajuda online, em sites médicos, redes sociais e no Google”, alerta Silva.
Por isso, a atuação da farmácia, por meio da Atenção Farmacêutica, é fundamental para avanços no diagnóstico e na orientação aos pacientes de forma a verificar se são sintomas de insônia de curta duração, crônica ou apenas um efeito de estresse temporário. “Para cada caso, uma indicação. A crônica deve se orientar pela procura de um médico; e as leve ou de curta duração pode até ser orientada pelo farmacêutico (caso este esteja capacitado para isso)”, afirma Silvia.
O executivo da Sanofi complementa dizendo que a qualidade do sono está ligada diretamente ao autocuidado e dicas sobre como fazer uma boa higiene do sono, entre outras, estão ao alcance de todos. Assim o farmacêutico pode guiar os consumidores para saber mais sobre o tema.
Melatonina: como funciona o hormônio do sono e como deve ser trabalhado na farmácia
Desde o início de dezembro de 2021, farmácias brasileiras estão vendendo melatonina em comprimidos ou gotas sem a necessidade de prescrição médica. A substância, conhecida popularmente como “hormônio do sono”, teve a comercialização liberada no País no dia em outubro de 2021, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A Diretoria Colegiada (Dicol) da Anvisa aprovou por unanimidade o uso da substância melatonina para a formulação de suplemento alimentar, destinado exclusivamente a pessoas com idade igual ou maior que 19 anos de idade e para o consumo diário máximo de 0,21 mg.
A partir da decisão da Anvisa, a melatonina pode estar disponível, sem receita, como um suplemento alimentar, o que se configura como excelente oportunidade de vendas para farmácias e drogarias, sendo que é uma categoria de produtos destinada, então, à complementação da dieta de pessoas saudáveis com substâncias presentes nos alimentos. Incluindo, portanto, nutrientes e substâncias bioativas, onde se enquadra a melatonina. A substância em questão já é utilizada em diversos países como suplemento alimentar e como medicamento, com condições de uso variadas.
A melatonina é um hormônio produzido pelo organismo na glândula pineal, que fica no cérebro. Ela é liberada no início da noite, quando cai a iluminação natural, porém tem um pico de produção maior algumas horas após o anoitecer e ajuda a promover o início do sono.
O hormônio pode ser sintetizado ou extraído de animais – e assim ser administrado a pessoas. Estas formulações têm sido bastante utilizadas na prática médica.
A melatonina é bem segura. Ela é usada principalmente em casos de jet lag – desregulação do sono que ocorre após uma viagem no qual haja muita diferença de fuso horário –, distúrbios de ritmo circadiano ou em casos extremamente específicos de insônia.
Para alavancar as vendas dos produtos que são uma grande novidade ao público, é importante apostar em pontos extras, como pontas de gôndolas, além de diplays que devem ser colocados em cima do balcão de medicamentos e, também, no checkout.
Aliás, esta é uma ótima oportunidade de trazer informação sobre os benefícios da melatonina ao shopper. O ponto de venda (PDV) pode ser perfeito para isso, com dicas que podem ser passadas tanto pelos balconistas e farmacêuticos, quanto pelos materiais de ponto de venda (MPDVs).
Fontes: Hospital Albert Einstein e Hypera Farma
Calmantes naturais
O medicamento fitoterápico é fabricado à base de vegetais ou plantas medicinais, que têm o poder de aplicar alguma ação terapêutica. Pode ser utilizado para tratar enfermidades, como glaucoma e diabetes, além de questões relacionadas à ansiedade, depressão e insônia.
Os fitoterápicos possuem uma composição mais orgânica e natural, por isso provoca menos danos e reações tóxicas ao organismo do que os medicamentos sintéticos. Consequentemente, eles também provocam menos efeitos colaterais e dependência, pois são menos agressivos ao organismo.
Os medicamentos fitoterápicos têm sido muito procurados pela população, justamente por não causarem efeitos adversos. Para insônia, eles são indicados para os quadros de leve ou de curta duração, já que atuam no sistema nervoso central (SNC).
A Passiflora é um fitoterápico isento de prescrição médica, muito utilizado para quadros de insônia, ansiedade leve, irritabilidade e agitação nervosa, por ter ação ansiolítica e agir como sedativo leve.
Além da Passiflora, os medicamentos fitoterápicos mais conhecidos são: Kava-kava; Rhodiola rósea, Valeriana e Gingko biloba.
Fontes: consultora especializada em varejo farmacêutico, Silvia Osso; e o diretor comercial da Sanofi Consumer Healthcare, Silvio Silva