Orientação farmacêutica: aliada da saúde

Ofereça os mais variados testes em sua loja e proporcione mais bem-estar e qualidade de vida aos seus clientes.

Cada vez mais, a orientação farmacêutica torna-se imprescindível para a população, principalmente em tempos de novo coronavírus. Tal ação inclui todos os tipos de testes disponibilizados na farmácia seja por meio da venda ou na aplicação no próprio estabelecimento como, por exemplo, os serviços de aferição de glicemia e pressão, testes de HIV, ovulação, gravidez, vacinas e, também, o exame da covid-19.

Porém, para reforçar o quanto a farmácia é capaz de auxiliar da melhor maneira no uso de autotestes ou ao prestar o serviço em loja, a divulgação é primordial para que o cliente saiba que o estabelecimento oferece os mais variados tipos. 

Para Teresa Cristina Zanon, conselheira do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo & Mercado de Consumo (IBEVAR), é importantíssimo usar estratégias de divulgação a favor do negócio, investindo nas mídias sociais, tabloides e panfletos no balcão para promover os serviços. Se o PDV possuir um sistema de CRM, poderá enviar SMS, mensagem pelo WhatsApp e até mesmo folhetos na entrega do delivery. 

“Sem comunicar, fica mais difícil o consumidor reconhecer onde encontrar os testes rápidos que necessita”, salienta Teresa.

Segundo Dr. Marcos Machado, presidente do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP), a prestação de serviços é extremamente importante não só do ponto de vista da venda de medicamentos e, também, da orientação e consulta farmacêutica, até porque inúmeros brasileiros sofrem com condições que são tratadas farmacologicamente, como pressão alta e diabetes, por exemplo, mas que precisam de um acompanhamento mais próximo.

O presidente do CRF-SP ainda explica que, com o passar do tempo, a farmácia se comportou como um comércio, mas com as mudanças que vêm acontecendo nos últimos anos mostra o quanto deve assumir cada vez mais sua função como estabelecimento de saúde. Assim, o farmacêutico pode orientar o público com relação a todos os tipos de testes, incluindo os produtos utilizados em casa, como de ovulação, gravidez, monitores de glicemia e pressão, lembrando que os dois últimos também podem ser realizados no ambiente do estabelecimento. Tudo isso a fim de evitar erros e obter um resultado mais certeiro.

“Por exemplo, apesar do teste de HIV ter sido liberado como autoteste, já que é um direito da pessoa ter privacidade em seu uso, muitos podem ter dúvidas a  respeito da realização, não fazê-lo corretamente, ter um resultado que não é do agrado e não procurar por um médico. E o farmacêutico é capaz de aconselhar sobre todas essas questões. Vale lembrar que o canal farma foi incluído no plano 90-90-90 da UNAIDS para que pudesse ajudar no controle da epidemia de HIV, isto é, claramente uma ação no sentido de auxiliar na saúde pública”, afirma Dr. Marcos.

Para a conselheira do IBEVAR, o papel do varejo farmacêutico nesse momento em que estamos vivenciando é primordial, pois com a capilaridade existente no Brasil está apto para apoiar as ações de políticas públicas, oferecendo serviços inovadores a fim de melhorar adesão aos tratamentos de diversas patologias.

“A farmácia que disponibiliza serviços diferenciados estará transferindo valor agregado à clientela. Dessa maneira, poderá conseguir a fidelização e retenção do consumidor ao seu negócio. Quando a loja ganha um cliente que a escolhe como preferida, seja pelo atendimento, produtos ou promoções conseguirá obter vantagens perante seus concorrentes e uma possível demanda recorrente de medicações de uso crônico ou agudo”, adiciona Teresa. 

De acordo com o presidente do CRF-SP, os estabelecimentos farmacêuticos têm uma importância social quando se trata dos testes rápidos de covid-19, pois irá passar por eles a liberação do ponto de vista econômico do país. 

Se o trabalho for bem feito, terão um grande crescimento, fator que dará um status diferenciado para os serviços que podem ser prestados. Dr. Marcos ainda lembra que o farmacêutico é um profissional totalmente capacitado e o mais acessível à população. 

“É fundamental que as farmácias ofereçam esse exame, mas desde que sigam todas as normas estabelecidas na resolução e notas técnicas, incluindo a comunicação precisa dos resultados para que as autoridades sanitárias tenham acesso a todas informações”, alerta. 

Teresa complementa reiterando o essencial papel do farmacêutico como um agente de saúde especializado para apoiar o cliente em qualquer dúvida, mas nunca substituindo a especialidade médica. 

“Somos um país grande e com recursos limitados na área da saúde. Devemos unir forças entre governo e iniciativa privada para proporcionar a todos um melhor acesso à saúde e com mais qualidade”, finaliza.