PAINEL | Analgésicos, a farmácia no combate à dor

Desconforto, aflição, agonia, inquietação, são apenas algumas opções para descrever o que conhecemos como dor, sensação que pode impactar de forma muito negativa na produtividade e na rotina de qualquer pessoa. Na definição da OMS (Organização Mundial de Saúde), dor é “uma experiência sensorial e emocional desagradável, associada a danos nos tecidos, reais ou potenciais”.
Cientistas, em laboratórios espalhados pelo mundo, utilizam o que há de mais moderno em tecnologia para estudar e desenvolver medicamentos de combate e tratamento da dor, ao mesmo tempo que a “medicina da dor” se torna uma especialidade médica, devido a complexidade do tema e a necessidade de conhecimento específico para diagnóstico e tratamentos mais eficazes, principalmente em casos crônicos.
Os Analgésicos, medicamentos que atuam reduzindo a capacidade sensorial e bloqueando os receptores da dor, são o resultado dessas pesquisas, e se mostram cada vez mais eficazes em casos eventuais ou crônicos, atuando em inúmeras situações e agindo de acordo com a necessidade de cada paciente, analisada individualmente por um médico.
Na farmácia, a procura por alívio para dores musculares, dores de cabeça e dores abdominais, entre outras, exigem atenção e boa informação para um atendimento de qualidade. De acordo com dados levantados pela Close-up Internacional, os Analgésicos são os MIPs (Medicamentos Isentos de Prescrição) mais vendidos nas farmácias brasileiras nos últimos anos, tanto se considerarmos os volumes em valores, quanto se considerarmos unidades vendidas.
Dados igualmente relevantes foram obtidos em ampla pesquisa realizada pelo ICTQ (Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade) na análise de compra de Analgésicos qualificados como MIPs, revelando que 68% dos entrevistados afirmam já terem seguido as recomendações de familiares, 41% de amigos e 48% já se basearam nas informações dos balconistas das farmácias, comprovando a importância de treinamento de equipe adequado e informações de qualidade quando nos referimos a um atendimento responsável, individualizado e de excelência, consolidando o conceito da farmácia como espaço dedicado a saúde e bem-estar.
Indústria, investimentos e inovação constantes
Em um mercado crescente e em constante evolução, a descoberta de novas soluções para problemas detectados junto aos consumidores é um caminho para o sucesso de novas marcas e confirma a solidez das que já estão presentes no mercado por décadas. Com princípios ativos e público alvo diferentes, a busca por opções que se adequem e melhorem a rotina das pessoas movimenta um grande número de profissionais, com dedicação exclusiva à tarefa de propor soluções quanto a melhor eficácia no alívio da dor e custos que viabilizem a sua comercialização.
“O Cristália é um laboratório em constante inovação e busca acompanhar as exigências e necessidades dos consumidores e do mercado nacional, apresentando-se como uma empresa de vanguarda no desenvolvimento de novos produtos para o mercado brasileiro. O mercado de analgésicos continua em expansão, impulsionado pelo aumento da conscientização sobre o manejo da dor e aumento da longevidade da população, pois ela não diferencia pessoas e idades. Para nossa empresa, as expectativas futuras incluem fortalecimento das marcas no mercado e a busca por inovações que atendam as necessidades dos consumidores, sempre com foco em promover acesso a produtos de qualidade e preço justo”, destaca o Laboratório Cristália.
Fernando Sampaio, presidente da Sanofi no Brasil ressalta que “estamos empenhados em transformar a prática da medicina, colocando as necessidades dos pacientes no centro das nossas soluções. Com um compromisso firme com a inovação e a colaboração, trabalhamos para melhorar a saúde e a qualidade de vida das pessoas”. Quando falamos em Analgésicos, a Sanofi Brasil salienta que “uma das estratégias que contribui para o crescimento da empresa no Brasil, é o nosso olhar para a tendência de compra dos consumidores, por exemplo, por compras on-line, o que inclui a compra por medicamentos OTCs (Over the Counter)”.
Foto: iStock.com/skynesher
Produtos especialmente desenvolvidos para crianças e adolescentes
Crianças e adolescentes recebem atenção especial da indústria, com o desenvolvimento de medicamentos específicos para cada faixa etária, levando em consideração uma dosagem mais assertiva e facilidade no consumo. Com fisiologia muito diferente dos adultos, crianças devem receber preferencialmente medicação pediátrica, orientada e definida por um médico.
O mercado infantil também requer o desenvolvimento de produtos voltados para suas necessidades individuais, com alterações que visam maior precisão na posologia, com ajuste na concentração do princípio ativo em relação a quantidade oferecida na versão para adultos e oferecendo sabor agradável ao paladar infantil. Normalmente apresentados em forma líquida, podem trazer algum material de apoio, como incluir seringas ou copos especiais para facilitar o consumo. Embalagens mais lúdicas também são um diferencial, sempre com o objetivo de aproximar os produtos do universo infantil.
Quando falamos em adolescentes, a Hypera Pharma destaca um produto desenvolvido especialmente para jovens mulheres. "Muitas mães, ao adquirir medicamentos para suas filhas, se preocupam com a dosagem elevada e a dificuldade de ingestão devido ao tamanho das cápsulas. Todos esses aspectos foram cuidadosamente estudados pela marca durante o desenvolvimento do nosso produto voltado a Gen Z. O projeto contou com a colaboração interna de uma equipe formada por mulheres, algumas delas mães, além da participação das próprias adolescentes na pesquisa, sempre com a autorização prévia de suas mães," comenta Ana Biguilin, diretora executiva da área de Consumer Health da Hypera Pharma. Destaca também que “pensando no consumo de medicamentos das jovens, em uma transição da infância para a vida adulta, estão entre os diferenciais o formato de mini-cápsulas liqui-gel que facilita a deglutição, dificuldade presente no dia a dia de muitos consumidores. Nosso produto possui tempo de ação 2x mais rápido e seu uso é indicado para o alívio de dores de leve a moderada intensidade como: dor de cabeça, dor nas costas, dor muscular, enxaqueca e cólica menstrual, sendo indicado para adolescentes a partir de 12 anos”.
A farmácia e o consumo responsável
O consumo responsável de MIPs é um assunto amplamente discutido pelas mais variadas áreas que envolvem profissionais ligados à Saúde. Algumas recomendações importantes a serem dadas ao consumidor são:
. Seguir as recomendações de uso do fabricante quanto a dose máxima diária indicada,
. Respeitar o intervalo mínimo entre doses indicado pelo fabricante do produto
. Procurar ajuda médica imediatamente se constatado qualquer reação alérgica ou adversa
. Manter os medicamentos armazenados em local fresco e seco, longe do alcance de crianças e animais domésticos, preservando sua integridade e evitando acidentes.
Para obtenção de uma equipe coesa e bem treinada, alguns pontos importantes precisam ser abordados com todos os integrantes da equipe de atendimento, engrenagem principal na ação de estabelecer contato direto e detectar as necessidades do consumidor. Dominar os sistemas e processos que compõem o gerenciamento da farmácia, conhecer as categorias de produtos vendidos e consultar com confiança e desenvoltura a posologia, princípios ativos e indicação dos medicamentos são ações fundamentais quando nos referimos a bom atendimento. Entre as habilidades pessoais, destacar a importância da empatia, transparência, atenção e paciência tornam o atendimento humanizado, individual e cativante.
Quanto à importância da participação da farmácia na divulgação, informação e orientação ao consumidor, o Laboratório Cristália afirma que “a farmácia desempenha um papel essencial como elo entre a indústria e o consumidor, garantindo não só o estoque, mas também acesso à informação e orientação sobre os produtos. A qualificação dos farmacêuticos e balconistas, ações de educação continuada e materiais informativos são estratégias para intensificar essa comunicação. Além disso, parcerias entre indústria e farmácias, uso de tecnologias digitais e campanhas de conscientização contribuem para fortalecer o relacionamento com o consumidor e garantir o uso adequado dos produtos”.